O gato Gaspar
Não sei se foi quando o céu
espirrou e choveu ou se foi depois, muito depois, quando escureceu, e o medo levou arrepios ao umbigo. Era uma vez um dia em
que não havia nada para fazer. Saí para a rua e lá estava ele, no terraço,
deitado nas telhas - o gato Gaspar. Corpo longo, espalhava-se com a pata direita esticada para a frente, manchas acinzentadas e brancas que se misturavam no corpo. O gato Gaspar não saía muito à rua. Dormia horas e horas todos os dias num cesto de viga que parecia uma boca gigante sobre os azulejos brancos da
cozinha. "Gaspar, Gaspar"… O gato Gaspar gostava de lamber a manteiga das torradas quentinhas e vir a correr para junto de nós, com olhos de esmeraldas verdes e patinhas luminosas no ar.
(Historinha ainda em processo de escrita)
(Historinha ainda em processo de escrita)
Cristina Néry